sábado, 15 de março de 2014

George Harrison entra para o Rock and Roll Hall of Fame

Há 10 anos… dia 15 de Março de 2004.


George Harrison foi o “quiet beatle”. A “terceira via”. O “outsider”. O taxman que esperou o sol chegar para dizer something ao mundo. Fora do quarteto, pôde expressar toda a sua arte, sem barreiras, com direcção e sentido próprios. Verdade própria. George foi um grande ser humano. Pleno, espiritualizado, superior, como Martin Scorsese mostra no óptimo documentário “Living in the Material World”.

Em 2004, de algum lugar, ele viu a sua obra reverenciada. Com todo o merecimento.
“Há uma frase de um poeta indiano que George me leu um dia: ‘Abençoado é aquele em que a fama não brilha mais do que a sua verdade’. Aqui estamos, no Hall da Fama! Mas os homenageados não são escolhidos por causa da sua fama, mas sim pela expressão da sua verdade através da música. George dizia que escrevia músicas para significarem algo, mesmo muito tempo depois de compostas. Acredito que seja certo dizer que, apesar da sua imensa fama, a sua verdade nunca será apagada ou esquecida”.
Olivia Harrison não podia expressar de forma mais precisa sobre o homem, o ser humano e o artista George Harrison. Ao lado de Dhani, o filho (cópia de George!), recebeu a homenagem que conduziu o seu companheiro ao Rock and Roll Hall of Fame. No final, ainda fez questão de citar uma pessoa especial na vida do músico, presente naquela noite: Neil Aspinall, amigo de infância de George e Paul, que acabou por se tornar executivo e produtor dos Beatles e uma figura fundamental na trajectória da banda. Antes, Tom Petty e Jeff Lynne, grandes companheiros de música e de vida, leram emocionante discurso para levar George novamente ao hall da fama do rock. Ele já lá estava desde 1988, pelo trabalho com os Beatles. Em 2004, além de George, Bob Seger, Jackson Browne, Prince, The Dells, Taffic e ZZ Top foram outros homenageados da noite.
Para fechar com chave de ouro, Tom Petty, Dhani Harrison, Jeff Lynne, Prince, Keith Richards e outras feras subiram ao palco e tocaram “While My Guitar Gently Weeps”. Sensacional.
Cinco anos antes, coincidentemente no mesmo 15 de Março, Paul McCartney foi reverenciado com a segunda indução ao Rock and Roll Hall of Fame.

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