segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Jeff Buckley - Do inicio à morte num flash

Jeffrey Scott Buckley (Anaheim, Califórnia, 17 de novembro de 1966 — Memphis, Tennessee, 29 de Maio 1997) foi um cantor, compositor e guitarrista norte-americano. Conhecido por seus dotes vocais, Buckley foi considerado pelos críticos umas das mais promissoras revelações musicais de sua época. Entretanto, Buckley morreu afogado enquanto nadava no rio Wolf, afluente do Rio Mississipi, em 1997. Seu trabalho e seu estilo único continuam sendo admirados por fãs, artistas e músicos no mundo todo.

Jeff Buckley passou a sua adolescência a ouvir diversos tipos de música como blues, rock e jazz. Após terminar o colegial, decidiu que a música seria o caminho a seguir. Com medo de ser comparado com o seu pai, Tim Buckley, em vez de cantar, Jeff decidiu inicialmente tocar guitarra, tendo ido estudar para o G.I.T (Guitar Institute of Technology). Diversas experiências vieram de seguida: Jeff trabalhou em estúdio, tocou em bandas de funk, jazz e punk e até mesmo na Banana Republic, de onde foi demitido após ter sido acusado de roubar uma T-shirt.

Em 1991, ao ser convidado para participar num show tributo a seu pai, Jeff resolveu cantar. A semelhança vocal com o pai (Tim Buckley) veio à tona nesse momento. Foi nesse tributo, também, que conheceu o ex-guitarrista da banda Captain Beefheart, Gary Lucas, que, impressionado com sua voz, decidiu convidá-lo para integrar a banda Gods and Monsters. Afiada tanto nas performances ao vivo como nas composições próprias, Gods and Monsters estava prestes a assinar com uma discográfica quando Buckley decidiu abandonar o projeto por achar que um contrato, naquele momento, restringiria as suas ambições musicais.

No ano seguinte começou a apresentar-se sozinho (voz e guitarra) num bar nova-iorquino chamado “Sin-é”. Foi no "Sin-é", segundo o próprio Jeff, onde mais tocou e gostava de tocar. Um lugar pequeno, onde as pessoas iam para conversar e não para ouvir alguém cantar músicas desconhecidas. Mas foi pela diferença que Jeff Buckley conquistou as pessoas que frequentavam o lugar. Foi nesse pequeno bar, sem palco, que um dos empresários da Columbia o viu cantar e tocar. Em outubro de 92 assinou com a Columbia Records para a gravação do seu primeiro álbum solo. Antes do álbum, Jeff decidiu fazer uma tourné pela Europa, só depois gravaria o primeiro álbum em estúdio. Nesse periodo, acordou também, lançar um Ep com 5 músicas, gravadas no "Sin-é".

“Grace” chegou às lojas em agosto de 1994 e foi imediatamente aclamado pela crítica e por artistas como Paul McCartney, Chris Cornell, Bono Vox (“Jeff Buckley é uma gota cristalina num oceano de ruídos”) e Jimmy Page (“Quando o Plant e eu vimos ele tocando na Austrália, ficamos assustados. Foi realmente tocante”). Apesar disso e de uma longa tourné de dois anos “Grace” vendeu muito menos do que o esperado. A música de Buckley era considerada leve demais para as rádios alternativas e pouco comercial para as rádios FM.

Em 1996, começou a trabalhar no seu segundo álbum e, contrariando a sua gravadora, que queria um disco mais comercial, chamou Tom Verlaine, do grupo Television, para a produção. Quando as gravações estavam prestes a encerrar, Jeff, insatisfeito com o resultado, decidiu que o material não deveria ser lançado e, assim, começou a compor novas canções. Foi o que fez até Maio de 97, quando finalmente chamou os colegas da sua banda para começar as gravações em Memphis, cidade onde morava na época.

No dia 29 de Maio de 1997, helicópteros sobrevoavam o Wolf River em busca duma pessoa que ali havia desaparecido. Segundo o relato do amigo Keith Foti, Jeff Buckley resolveu parar para nadar naquele rio antes de se encontrar com a sua banda. Depois de alguns minutos, Foti foi até ao carro para guardar alguns objectos, enquanto ouvia Jeff a nadar cantarolando “Whole Lotta Love”. Quando voltou, não viu mais nada. Gritou por “Jeff” por quase dez minutos e, não obtendo resposta, decidiu chamar a polícia. O corpo de Jeff Buckley foi encontrado apenas uma semana depois, dia 4 de Junho, perto da nascente do Mississippi.

O álbum póstumo, “Sketches for My Sweetheart the Drunk”, foi lançado em 1998. “Sketches” é composto por gravações que Jeff fez com Tom Verlaine, mais músicas nas quais Jeff trabalhava antes de morrer.

Em 2000, “Mystery White Boy” veio relembrar Jeff nas suas performances ao vivo.

Em 2007 surge uma compilação com os melhores êxitos de estúdio e ao vivo, este álbum contém uma versão acústica de "So Real" gravada no Japão e uma versão de "I Know It's Over" dos The Smiths nunca antes editadas.

Apesar da morte trágica, Jeff Buckley tem vindo a conquistar novos fãs. Artistas como Radiohead, Coldplay e Muse não se cansam de mencionar Jeff como uma das suas principais influências. Além disso, “Grace” é constantemente citado como um dos melhores álbuns de todos os tempos.

Band Aid - " Do they know it`s Christmas? " (Dezembro 1984)

Em 1984 Bob Geldof dos Boomtown Rats e Midge Ure dos Ultravox, uniram esforços e criaram o projecto " Band Aid " com o objectivo de empreenderam uma luta contra a fome em África. Tudo começou quando Bob Geldof assistiu em Outubro desse ano a uma reportagem na BBC sobre a fome na Etiópia. Chocado com as imagens que vira, procurou através da música fazer algo que lhe permitisse angariar fundos para combater aquele flagelo. Se a Geldof cabia a coordenação deste projecto, Midge Ure estava encarregue da produção musical. As principais estrelas da pop britânica de então foram convidadas, dando corpo ao " Band Aid ", cujo single " Do they know it`s Christmas? " alcançou o nº1 da tabela de singles britânica a 15 de Dezembro de 1984, tornando-se num intemporal hino de Natal. O projecto de Geldof e Ure não podia ter começado melhor e do outro lado do Altântico a resposta não se fez esperar. " USA for Africa " surgiu em 1985, reunindo nomes sonantes da música norte-americana. Em termos de popularidade este projecto rivalizou com o britânico (também nº1 da tabela de singles britânica a 13 de Abril de 85). Do sucesso de ambos, resultou o primeiro mega-concerto realizado à escala mundial " Live Aid " em Julho de 85. Ponto alto do movimento de luta contra a fome, foi transmitido via-satélite para todo o planeta e tornou-se no principal acontecimento musical da década de 80.

Letra e intérpretes

(Paul Young)
It's Christmas time
There's no need to be afraid
At Christmas time
We let in
light and we banish shade
(Boy George)
And in our world of plenty
We can spread a smile of joy
Throw your arms around the world
At Christmas time


(George Michael)
But say a prayer
Pray for the other ones
At Christmas time it's hard
(Simon LeBon)
But when you're having fun
There's a world outside your window
(Sting) And it's a world of dread and fear
Where the only water flowing is
(Bono joins in)
The bitter sting of tears
And the Christmas bells that are ringing
Are clanging chimes of doom
(Bono only) Well, tonight thank God it's them instead of you.


(Everyone)
And there won't be snow in Africa this Christmas time.
The greatest gift they'll get this year is life
Where nothing ever grows
No rain or rivers flow
Do they know it's Christmas time at all?

Feed the world
Let them know it's Christmas time
Feed the world
Do they know it's Christmas time at all?

(Paul Young)
Here's to you
raise a glass for everyone
Here's to them
underneath that burning sun
Do they know it's Christmas time at all?

Chorus (Everyone)
Feed the world
Feed the world
Feed the world
Let them know it's Christmas time again

Feed the world
Let them know it's Christmas time again
Feed the world
Let them know it's Christmas time again

Repeat




quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Suzanne Vega - Luka

É impossível esquecer Luka, de Suzanne Vega.

Luka é Suzanne Vega e Suzanne Vega é Luka. Não há volta a dar. É daquelas criações que se tornam maiores do que o criador e o devoram. Não é que Luka mantenha relações sádicas com Suzanne Vega. Luka é uma música delicada, púdica e embaraça-se com um olhar tímido. Luka é leve, Luka vive no andar de cima. Luka esconde-se no quarto, Luka não tem amigos. Luka veste camisola às riscas brancas e pretas.

Suzanne Vega apresentou Luka ao mundo em 1987, no álbum Solitude Standing, e o mundo apaixonou-se por ele. É uma relação que dura até hoje. Pode passar algum tempo sem que dele nos lembremos, mas basta ouvi-lo para percebermos as saudades que tínhamos. O álbum Solitude Standing produziu também um hit retardado, Tom's Dinner, que foi remisturado para se tornar mais dançável em 1990, e que não nos é estranho. Mas foi por Luka que nos apaixonámos, lamento Tom. E lamento Suzanne Vega.
Suzanne Vega inspirou-se numa criança real para escrever Luka, um rapaz chamado Luka. Damo-nos muito bem com ele e falamos muito. E vai estar connosco durante muito tempo.

BOBBY McFERRIN - Don’t worry, be happy

“In every life we have some trouble. But when you worry you make it double. Don’t worry, be happy. Don’t worry, be happy now.” Corriam os felizes anos 80,  Bobby McFerrin incitava as pessoas a não se preocuparem e para serem felizes. A música, um êxito jazzístico inesperado, rodou até à exaustão na rádio e na televisão e enraiveceu muitas pessoas, certamente. "Don’t worry, be happy", arrecadou 3 grammys e é um clássico intocável.  Este senhor tem uma extensão vocal inacreditável e já compôs álbuns inteiros apenas com a sua voz, imagine-se! Para além dos seus talentos vocais, McFerrin é também maestro e professor de música. Um senhor, é o que é. A música dos anos 80 só tem que lhe agradecer.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Madonna lança "Like a Virgin", o segundo álbum.

Há 30 anos… dia 12 de novembro de 1984.

Foi a confirmação de que o mundo da música ganhava, de facto, uma popstar. Uma futura diva. O primeiro álbum abriu caminho. A aparição no American Bandstand, de Dick Clark, deu-lhe visibilidade. Foi a grande vencedora do primeiro MTV Video Music Awards. E Like a Virgin confirmou: Madonna chegava para ficar. Para assumir o trono de Rainha da Pop para sempre.
O segundo álbum transformou a menina de 26 anos em ícone pop internacional. Sucesso comercial, com 21 milhões de cópias vendidas no mundo, colocou Madonna no topo da Billboard 200. Nem as ressalvas de alguns críticos, que preferiram o primeiro trabalho, atrapalharam o absoluto estouro do disco.
Partridge lembra que nem mesmo a recusa da Warner em dar completa autonomia e liberdade artística a Madonna na produção, foi obstáculo para o sucesso de Like a Virgin. A produção acabou nas mãos de Nile Rodgers, ex-Chic, banda de sucesso dos anos 1970, que tinha liderado o mais recente sucesso de David Bowie, o disco Let’s Dance (1983), e que regressou com tudo ao showbiz com os Daft Punk! Foi um casamento (quase) perfeito. Com brigas e discussões, sim, mas que parceria não as tem? Os destaques óbvios são a faixa-título, o primeiro single #1 de Madonna, “Material Girl”, que abre o álbum, e ainda “Into the Groove”, música que entrou no relançamento de 1985. True Blue, de 1986, daria sequência à trajectória de sucesso mundial de Madonna.