sexta-feira, 29 de maio de 2015

Jeff Buckley: Memórias de um génio perdido... foi há 18 anos!

Falar de Jeff Buckley é falar de sensações. Dono de uma voz fora do comum e com reconhecidos dotes na composição, as suas músicas são uma mistura agridoce de emoções exacerbadas no tom melodioso da sua voz. Com uma curta carreira e com apenas um álbum de estúdio lançado, o mundo viu as águas do rio Wolf engolirem um dos maiores talentos do universo musical, há dezoito anos atrás. Foi no dia 29 de Maio de 1997. E, é em nome dessa prematura e trágica perda que relembramos hoje o legado de Jeff Buckley.

Jeffrey Scott Buckley nasceu a 17 de novembro de 1966 e cedo decidiu que a música era o caminho a seguir. Fruto da controversa relação entre Mary Guibert e Tim Buckley, Jeff foi sempre conhecido por Scott Moorhead, em referência ao seu segundo nome e ao sobrenome do seu padrasto. Após a morte do pai, com quem esteve apenas uma vez aos 8 anos de idade, este passou a usar o seu verdadeiro nome.
As semelhanças com Tim Buckley são notórias e à partida as comparações com o mesmo seriam inevitáveis. As ideias pré concebidas que pudessem existir acerca da sua música levaram Jeff Buckley a dedicar-se inicialmente à guitarra, tendo mesmo aprofundado os estudos na Guitar Institute of Technology. Jeff namorava com a guitarra e a cumplicidade entre ambos ainda se sente no sussurrar de cada nota.

 “Grace” mantém-se fresco tantos anos depois e prosperou à morte do seu criador. Nas suas prestações ao vivo Buckley parecia abstrair-se de todos de forma a alcançar o verdadeiro sentido que cada música carrega.

Apesar de jovem e do crescente sucesso Jeff Buckley, que já se tinha mostrado convicto do seu papel no mundo da música, não se deixou corromper pelas exigências da indústria musical que pretendia um disco mais comercial e pouco trabalhoso para o ouvinte de forma a alcançar um mais vasto público. Mas ainda assim, o músico aquando do término das gravações dos novos temas decidiu não lançar o material por se sentir insatisfeito com o mesmo. De imediato começou a trabalhar em novos temas até maio de 1997 quando, e já com a banda reunida para as novas gravações, este desaparecia enquanto nadava. O corpo só foi encontrado uma semana mais tarde e trouxe aos mais cépticos a lamentável confirmação do seu precoce desaparecimento. 

No ar permanecerá para sempre a dúvida acerca de como teria sido a carreira deste génio perdido, que não teve tempo de construir a mesma. Mas, mais do que falarmos de Jeff Buckley é fundamental ouvi-lo/senti-lo.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Rollling Stones - Emotional Rescue (1980)

Como não poderia deixar de ser, tinha que falar nos inevitáveis Rolling Stones, banda inglesa formada em inícios dos anos 60, e que ainda andam por aí, quer a realizar novos álbuns, quer a fazerem gigantescas digressões mundiais. Os Rolling stones sempre foram uma banda de topo, mesmo desde o inicio da sua carreira, mas houve uma fase em particular que estiveram melhor, concretamente nos anos 70 e 80. Em 1980, a que é considerada por muitos a maior banda do mundo, lançava um dos seus melhores álbuns, que chegou rapidamente aos primeiros lugares dos tops norte-americano e inglês... falo-vos claro está, de "Emotional Rescue", um álbum que é indispensável para qualquer apreciador de bom Rock'n'Roll, como são todos os dos Stones! 
Muitos são os êxitos deste álbum, mas vamos ficar pela música que dá nome ao disco: "Emotional Rescue".

Supertramp - Paris (1980)

Supertramp banda inglesa formada em finais dos anos 60, mais precisamente em 1969, foi uma das bandas que mais marcou o panorama musical a nível mundial e que com a sua sonoridade influenciaram muitas outras grandes bandas que começavam a aparecer. 
Em 1980, esta grandiosa banda , embalada pelos anos anteriores, repletos de sucessos, tinham aliás sido os anos de auge do grupo, que se viria a desmembrar poucos anos depois e que timidamente lançaram mais 4/5 álbuns, sem a mesma qualidade demonstrada nos anos 70, isto por diversas razões. Como dizia, em 1980 os Supertramp lançavam o super álbum "Paris". Álbum que fora gravado um ano antes em 1979 no Pavillon de Paris. Em volta deste álbum que foi o 7º a ser lançado pela banda existem algumas curiosidades. O local onde foi gravado, antes de ser um Pavilhão, era um matadouro, as fitas da gravação deste concerto, tanto áudio como vídeo foram encontradas em 2006 no celeiro do baterista e foram levadas para remasterização, e ainda bem porque ainda no ano passado foi lançado o concerto em edição Bluray o que é de louvar porque todos os outros registos deste concerto principalmente em vídeo, encontravam-se degradados e em muito mau estado. Posto isto, e voltando ao tema "Paris", resta-me dizer que é um dos melhores álbuns ao vivo, chegou muito rápido aos tops um pouco por todo o mundo e por lá se manteve. Tarefa difícil é escolher uma música, porque de facto todas elas são de alta qualidade, todos os grandes êxitos estão presentes, temas como "School"; "The Logical Song"; "From Now On"; "Take the Long Way Home"; "Dreamer", todos eles podem ser encontrados neste duplo cd. Uma pérola que vai perdurar para a eternidade!!

Black Sabbath - Heaven and Hell (1980)

Black Sabbath  foi, sem dúvida, a banda que deu significado à palavra Heavy Metal. Logo nos seus primordiais tempos, a banda inovou com sons mais pesados e com letras com referências a demónios, escuridão, trevas, ao contrário do que outras bandas da altura faziam, como os Deep Purple e Led Zeppelin, com sons menos controversos e chocantes para a época.
Esta atitude musical forte fez com que fortes movimentos se fizessem sentir contra eles, no mundo da crítica. Este ódio e fama de satânicos fez com que os Sabbath ganhassem muitos apoiantes na camada mais jovem, o que lhes deu muita fama e os tornou no maior símbolo de referência no mundo do Heavy Metal. Após vários grandes trabalhos e consagrações a nível musical, a banda entra em caos em 1979, essencialmente devido ás dependências e abusos de álcool e drogas por parte de Ozzy Osbourne, sendo substituido por Ronnie James Dio em 1980, ano em que é lançado o album "Heaven and Hell".

Eric Clapton - Just One Night (1980)

Em 1980, quando Eric Clapton publicou o seu duplo disco ao vivo «Just One Night», há muito estava esquecido o que tinha sido escrito nas paredes de Londres pouco mais de dez anos antes: «Clapton is God». A miragem de Cream, Derek and The Dominoes ou Blind Faith estava dissolvida e o próprio Clapton não atravessava propriamente uma fase boa da sua vida e da sua carreira: a par da ressaca dos excessos, os mais puristas dos admiradores dos blues de Clapton não esqueciam algumas concessões ao pop que o guitarrista tinha feito.
Curiosamente, «Just One Night» tal como a maior parte da discografia posterior, conciliava as canções mais "orelhudas" e o profundo respeito pelos ensinamentos dos mestres do blues que Clapton admirava.
 Doze anos depois de «Just One Night», a MTV proporcionava-lhe uma nova geração de admiradores, bem como possibilitava ao músico um dos seus concertos mais emblemáticos - o famoso Eric Clapton MTV Unplugged - e a ampliação de um sucesso comercial baseado em mais uma das muitas tragédias da sua vida pessoal: «Tears in Heaven».
Uma dos blues mais tocados por Clapton é «Worried Life Blues», um clássico de 1941 de Big Maceo Merriweather. A versão de «Just One Night» é absolutamente magistral e inscreve Eric Clapton no panteão restrito dos génios da guitarra blues. «Early In The Morning», «Double Trouble» e «Rambling On My Mind» completam a tetralogia blues de excelência de «Just One Night».