sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Parabéns Michael Hutchense...

Michael Hutchense, que foi vocalista durante 20 anos dos INXS faria hoje 56 anos. Uma data que não poderia deixar de assinalar, já que Hutchense marcou a história da música com o seu carisma e talento. 
Não foi fácil , contudo a chegada ao estrelato no grupo INXS (que se aventurou inicialmente como The Farriss Brothers). 

A música foi ganhando admiradores progressivamente (na fase inicial , sobretudo na Austrália). Com o album Shabooh Shoobaah o grupo deu-se finalmente a conhecer ao mundo,sobretudo com o tema “Don´t change” , que demonstrava uma banda mais amadurecida e confiante (basta comparar o vídeo de “Don´t change” com “Just Keep Walking”). 

Estavam lançadas as bases para o grupo voar mais alto. Com o album The Swing , o estatuto do grupo elevou-se com “Original Sin” . Já com Listen Like Thieves foi “What you need” que endoideceu os adolescentes da época. Estavamos em 85. 

Mas 87 é que foi o ano de ouro para Hutchense com Kick a vender sem parar e o público a delirar. 

Agora, será que o sucesso lhes fez mal à cabeça? Porque se formos a olhar apenas para os números, parece mesmo que sim... Acho que não foi bem assim. Julgo que o público tornou-se bastante mais exigente . Tudo bem que X desilude um pouco se comparado com o álbum anterior, mas também não representa o fim da banda e do seu talento. 

“Welcome to Wherever you are “ ainda tinha força para brilhar com a ironia de “Baby don´t Cry” , o romantismo de “Not enought time” , a lição de moral com “Beautiful girl” e a sedução em “Strange desire” (e logo nós que já estavamos tão habituados com sucessos como “New Sensation” ou “Devil Inside”... ). 

Full Moon Dirty Years, um album que demonstrava um grande esforço levado a cabo pelo grupo para se integrar no manifesto do Grunge que ia ganhando cada vez mais vida em Seattle (Pear Jeam e Nirvana dava uma ajudinha). Ainda assim , foi ignorado pela crítica , apesar de ter singles suceptiveis de causar impacto como Make your peace, The Gift, I´m Only Looking ou Time. 

O fracasso do Greatest Hits lançado em 94 acabou or funcionar como mote para uma longa paragem. Em 97 a banda regressaria com uma imagem mais carregada , que acabou por prejudicar. Elegantly wasted não desanimou .o público. Mas desta vez o problema era de Michael Hutchense. A depressão que se alastrava devido a problemas pessoais culminou no suicidio, chocando o mundo. 

O que resta agora? Um nome , um legado de 20 anos (contando apenas com o vocalista Michael Hutchense) e os fãs que continuam a ouvir as suas músicas e a prestar as mais diversas homenagens.

domingo, 10 de janeiro de 2016

O MUNDO CHORA PELO CANTOR DAVID BOWIE

David Bowie morreu aos 69 anos. “Blackstar” foi o fabuloso último álbum, após uma luta contra um cancro.
David Bowie sempre teve a característica de surpreender os seus seguidores. Em 2013, 10 anos depois de não lançar nenhum disco, e 7 anos após ter terminado os seus concertos, Bowie lançou The Next Day. Um álbum que tinha sido gravado em total secretismo e que veio preencher um vazio que tinha ficado desde a sua ausência.
Na semana passada, no dia do seu aniversário, Blackstar mostra que David Bowie tinha como surpreender. Irreverente, Blackstar deixava pouco por dizer, mostrando que continuava a ter um papel na música, uma palavra a dizer e que essa palavra continuava mais jovem que nunca. Dois dias após o seu lançamento o mundo é surpreendido com a sua morte.
Nascido em 1947 como David Robert Jones, ficou mais conhecido como o Camaleão da música pop. Com 25 álbuns memoráveis, ele era uma estrela que usou o rock como meio para voos bastante audazes. Variou entre a ficção científica e música eletrónica, atuação e moda e discussões sobre sexualidade e droga.
As suas músicas eram sempre espelho das suas transformações, dos tempos que vivia e Blackstar não foi excepção, com diferentes referências ao seu capítulo final, mas que parecia agora mais distante. Na primeira década do ano 2000, com o seu afastamento, muitas foram as vezes que deram o cantor como morto. O seu ressurgimento em 2013 parecia ser uma reinvenção, a mostrar que tinha ainda muito para oferecer-nos.
É agora difícil imaginar um mundo sem Bowie. Ele teve a capacidade de transformar toda a estranheza que nós sentimos, maior ou menor, em arte. E desta forma marcou a história da música, fez o que poucos conseguiriam fazer, sempre de forma inovadora e irreverente. Mas a hora chegou, e vivemos agora um mundo sem David Bowie, na certeza de que será um mundo menos divertido e colorido. Ficam a carreira, as músicas, os espetáculos e sempre a a esperança. E sigamos o que ele nos ensinou: "Ch-ch-ch-ch-Changes, Turn and face the stranger; Ch-ch-Changes, Just gonna have to be a different man, Time may change me, But I can't trace time".