terça-feira, 4 de março de 2014

Ascenção meteórica vs. Queda vertiginosa

Ora, durante este fim de semana tamanho "XXL", dei por mim, no meio da minha discografia,  e eis que surge um nome, que é comum em vários discos: PHIL SPECTOR. Para muitos, um nome desconhecido, mas a questão é tão simples quanto esta: se não tivesse existido Phil Spector, muito provavelmente não existiriam hoje girls nem boys-bands, não havia Britney’s nem Shakiras, e onde hoje há um mainstream que enche as rádios, dá música a filmes e se carrega e descarrega em biliões de ups e downloads, existiria um enorme vazio por preencher. Está lançado o mote para os fundamentalistas o odiarem…
Phil Spector foi o primeiro a lembrar-se que, para sacar notas no mercado, a música é muito mais do que as notas da pauta. Foi ele quem inventou as Crystals. As Crystals, para quem não se lembra, eram uma girlsband com dois tipos de elementos: umas feias rechonchudinhas que cantavam (muito) bem e gravavam os discos; e umas barbies que faziam as capas dos discos e cartazes, dando a imagem da banda, e faziam playback em palco e nos programas de televisão, onde nunca apareciam as verdadeiras cantoras. (quais Milli Vanilli, quais quê…). Nos grandes sucessos das Crystals encontramos pérolas como "Da Doo Ron Ron", "Then He Kissed Me," ou "He's Sure the Boy I Love".  Foi Spector também o responsável pelas extraordinárias “Ronettes”, muito bem lembradas, com “Be My Baby” na banda sonora de “Dirty Dancing”. É grande a lista de incontornáveis momentos da história da música contemporânea da responsabilidade de Phil Spector. Aliás, dela constam, entre outros e para além dos já referidos, os “Righteous Brothers” autores de uma das mais notáveis canções pop de sempre: “Unchained Melody”.
Em Abril de 2009, foi condenado a 19 anos de prisão pela morte da ex-actriz Lana Clarkson que, alegadamente, não se dispôs a ser promovida e subir na carreira na “horizontal”. Vá-se lá entender o que se passa na cabeça destes génios, que tudo constroem e tudo perdem pelo deslumbre do poder… O seu aspecto na fotografia, na altura do julgamento, dizia tudo quanto ao seu equilíbrio mental.

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