A canção
chegou num momento em que as lágrimas teimavam em não secar. Chorávamos a morte de
Jimmy Hendrix, Jim Morrison e Janis Joplin, ao mesmo tempo em que lamentávamos o
the end da maior de todas as bandas, Os Beatles. Estaria também o rock and roll a agonizar? Indagavam os pessimistas...
My Sweet Lord veio como uma
resposta e um lamento. A inspiração chegou a George Harrison ao ouvir
atentamente o trabalho do grupo Edwin Hawkins Singers para "Oh! Happy Day".
Naquela composição o ponto central estava nos vocais gospel. George foi compondo
ao seu estilo, munido de uma viola. Com a letra alinhavada, passou a avaliar
como o mundo iria receber uma canção que falasse de Deus. Temia reações negativas,
porque nunca compunha virado para esse tema.
O que o
instigava era a necessidade de levar aquilo em que acreditava, para o seu público.
Harrison sabia que quando My Sweet Lord chegasse ao mercado, mudaria algo na
sua carreira. E estava certíssimo.
Quando o trabalho de estúdio teve inicio,
George Harrison alterou a letra original – que falava só em "aleluia." O
ex-beatle incluiu o termo "hare krishna" por acreditar que ambas expressões
tinham o mesmo significado. O produtor Phill Spector e os músicos que
participaram na gravação, disseram a George que aquele seria um hit mundial.
Embora também pensasse dessa forma, George Harrison foi desapegado o suficiente,
ao ponto de entregar o seu maior êxito a solo a Billy Preston. E
Preston, por incrível que pareça, lançou My Sweet Lord antes dele! Felizmente
para George, nada aconteceu com o compacto editado por Billy Preston, que fez
uma versão equivocada da grande composição.
Quando a música se fez ouvir nas estações de rádio, o êxito foi esse que conhecemos. Sucesso no mundo inteiro, número '1' em dezenas de países, e foi o grande trampolim para as vendas do
super-álbum triplo All Things Must Pass.
Porém, não tardou o início do
drama paralelo à maciça aceitação de My Sweet Lord. A cabeça de George Harrison
passou a ser martelada com informações que partiram inicialmente de amigos, e que
depois chegou à mídia: a famosa composição, era plágio. E era mesmo.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.