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Foi em 1975 que o quarteto britânico lançou A Night At The Opera, já em si um primor de produção, de onde se destacou, precisamente, Bohemian Rhapsody, a par da balada Love Of My Life e outros êxitos (a título de curiosidade, é de lembrar que os Queen continuam a ser a única banda até agora em que cada um dos membros escreveu pelo menos um “hit”).
O que torna esta música tão especial é o facto de parecer uma autêntica “manta de retalhos” em que cada bocado foi habilidosamente ligado ao seguinte, sendo o resultado obtido uma mistura de estilos musicais extremamente bem conseguida em que tudo parece estar no sítio certo. As passagens do pop/rock inicial em ritmo de balada para o estilo ópera a meio da música e, depois, deste para a batida mais heavy que termina com o regresso aos ritmos mais calmos foram de tal forma executadas que a sensação que nos dá é a de que “só podia ser mesmo assim”, aquelas passagens fazem sentido, não haveria outra hipótese de o fazer. A magia desta música encontra-se precisamente aí, na forma como os Queen conseguiram aquilo que, mesmo para os produtores que trabalhavam com eles na altura, parecia um falhanço garantido. Como hoje se sabe, estavam enganados.
Para terminar, é de referir o facto de esta música ter sido das primeiras (se não mesmo a primeira) a ter um vídeo promocional especificamente feito com esse propósito, o que também ajudou muito no sucesso desta obra-prima.
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