quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

80's - Retro Kitsch...

Hoje, pelo início da tarde, uma agradável conversa retrospectivo-nostálgica com uns amigos, fez-me lembrar canções que o tempo presenteou (com mais ou menos benevolência) com um certo carisma. Umas são boas (pouquitas...), outras são curiosas (algumas...), outras de um muito presente piroso-fashion a que se convencionou chamar, para disfarçar, kitsch... (quase todas...). Certo, certo, é que todas elas são geradoras de muitas saudades e portadoras de óptimas recordações...
Oram vejam lá:
  1. Baltimora - Tarzan Boy
  2. Alphaville - Forever Young
  3. Samantha Fox - Touch Me (I Wanna Feel Your Body)
  4. Modern Talking - You're My Heart, You're My Soul
  5. Bros. - When Will I be Famous?
  6. Belinda Carlisle - Heaven Is a Place On Earth
  7. Katrina & The Waves - Walking on Sunshine
  8. Cindy Lauper - Girls Just Wanna' Have Fun
  9. Chris de Burgh - High on Emotion
  10. Spandau Ballett - Gold
  11. Oakey, Phillip & Giorgio Moroder - Together In Electric Dreams
  12. Kenny Loggins - Footlose
  13. Culture Club - Karma Chameleon
  14. Bill Medley & Jennifer Warnes -(I've Had) The Time Of My Life
  15. Kenny Rogers & Sheena Easton - We've Got Tonight
  16. Paul Abdul - Straight Up
  17. Scotch - Take Me Up
  18. Moon Ray - Comanchero
  19. Kim Wilde - Kids In America
  20. Joan Jett & The Blackhearts - I Love Rock n' Roll
  21. Maria Vidal - Body Rock
  22. Sandie Shaw - Puppet On a String
  23. Orchestral Manouevres in The Dark - Enola Gay
  24. Danny Wilson - Mary's Prayer
  25. Whitesnake - Is This Love?
  26. Cutting Crew - (I Just) Died In Your Arms
  27. Ashford & Simpson - Solid
  28. Limahl - Never Ending Story...
  29. Toto Cutugno - L'Italiano
  30. Roupa Nova - Dona
  31. Europe - The Final Countdown
  32. Survivor - Eye of the Tiger
E mais, deixo ao vosso critério... Fica o desafio...

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Bobby McFerrin...

Talvez à primeira o nome não diga nada. Mas se pensarem em "Don't worry, be happy" faz-se, com certeza, luz. Devo confessar que do Bobby McFerrin só conhecia mesmo a canção que o tornou conhecido do grande público. E, aliás, confesso até que não lhe ligava nenhuma. Para mim, era mais um one hit wonder com uma musiquita para vender no verão. No entanto, apanhei há pouco tempo no VH1 um documentário sobre a criação da canção, e que me deu a conhecer um pouco mais sobre o artista. Fascinante. Em "Don't worry, be happy" não é tocado um único instrumento. Todos os sons, mas todos, são feitos com a voz do próprio e depois sobrepostos. Depois, claro, padecendo eu de uma compulsiva curiosidade sobre as coisas que me interessam (acho que tenho uns neurónios esfomeado-selectivos que se alimentam só do que querem e não do que deviam...) fui pesquisar, ouvir e saber mais. O senhor tem um longuíssimo historial de jazz e clássica, tendo colaborações com o Chick Corea, com o Yo-Yo Ma e o Herbie Hancock, tendo lançado vários discos sob a etiqueta da Blue Note. Um deles, com a contribuição dos Manhattan Transfer, valeu-lhe um Grammy. Ora ouçam com atenção:

Suzanne Vega em recordação...

Ontem tive vontade de voltar a ouvir o extraordinário "Solitude Standing" de Suzanne Vega, editado em 1987. Foi um disco claramente fora de tempo, uma singer/songwriter já depois do ocaso de Dylan e ainda antes do renascimento do mesmo movimento no final dos anos 90, mas que abriu caminho a uma geração onde se destacaram Tracy Chapman ou Sinéad O'Connor. O disco consegue o feito de, embora compilando diversas composições antigas e canções novas, ou seja, mais não sendo do que um pot pourri de elementos dispersos, consubstanciar uma unidade muito homogénea, muito por culpa da sobriedade, estabilidade e coerência das composições de Vega e do seu inegável talento. Rod Stewart cantava "Every Picture Tells a Story", no caso de Suzanne Vega, cada canção é uma história, cativante e criativa. Quem não conhece "Luka"?

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Modern Talking vs. Luis Manuel...

Uma das coisas mais inteligentes que ouvi alguém dizer foi que falar mal dos outros não faz de nós melhores. Concordo plenamente! Mas há situações que são incontornáveis e tenho que falar mal. Em muito para isso contribui a indústria discográfica alemã, que nos oferece pérolas como os Scorpions ou o inefável Scooter. Mas o melhor exemplo da criatividade alemã, é um duo formado em Berlim em 1983, que fez um enorme sucesso entre nós com o meloso "You're My Heart, You're My Soul". Falo dos Modern Talking. Para quem se lembra, tínhamos o moreno, que vestia fato branco sobre camisa branca ou fato preto sobre camisa preta e exibia uma longa melena com permanente e um pendente ao pescoço com o nome da namorada em brilhantes, e tínhamos o loiro, ao estilo do "Face" dos Soldados da Fortuna, cabelinho armado e camisinha dentro das calças de cintura no umbigo. Como se não fosse suficiente agressão aquele inenarrável conjunto de azeite, em perfeita sintonia, de imagem e música, conseguiram supreeender tudo e todos e alcançar um nível a que nem o Cliff Richard chegou quando, em 1986, lançam o single "Brother Louie".
É certo que todos passamos aquela fase de negação pública, eu lembro-me de ver o "Knight Rider" e o "MacGyver" às escondidas, porque era uma vergonha dizê-lo em público. E adorava o "Freedom" dos Wham!, mas cá fora só dizia que ouvia o Bryan Adams e o Bruce Springsteen, que era o que estava a dar. Agora, Modern Talking... ehehehe...
E à semelhança do que Marco Paulo já tinha feito ao Stevie Wonder, houve outro rapaz, neste cantinho à beira mar plantado, que decidiu cair no ridículo com algo que dizia assim: "Chamo-me Lui, Lui, Luis...". Coitados dos Modern Talking! Ninguém merece...
Modern Talking - Brother Louie...
...e... ladies and gentlemen... Luis Manuel - Chamo-me Lui Lui Luis...

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Dia dos Namorados...

Vale a pena recordar... especial duetos na Renascença-Elvas... foi assim:

Stevie Wonder vs. Marco Paulo...

Um dos grandes mistérios da história da música - que talvez só encontre paralelo na cubicagem dos implantes mamários da Samantha Fox ou na obscura razão pela qual os discos do Kenny G estão à venda na secção de Jazz da Fnac - é a carga de água pela qual um dos maiores génios criativos da música, Stevie Wonder, resolveu escrever o "I Just Called to Say I Love You". Haverá quem não se lembre? Espero que alguém tenha contado ao Stevie Wonder que o Marco Paulo fez uma versão Onda Choc da sua estratosférica canção: "Só Falei Para Dizer Que Te Amo." Toma! :D

Stevie Wonder...
...e... Marco Paulo!

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Do vinil ao MP3...

O velhinho disco de vinil. Olhar para a capa enorme de cartão, gasta pelo tempo e pelo manuseamento, cheia de pó. Tirar o disco, envolto no plástico basso folgado ou na saqueta de plástico transparente coladinho, tirar de lá de dentro a enorme folha com as letras e pousá-la nos joelhos. Pegar no LP, pela borda, para não sujar com dedadas, e pousar no prato. Ajustar para 33rpm, arrancar o prato e limpar o disco com a escovinha. Pôr o botão do amplificador no phono, pousar a agulha no início e começar a ouvir o tão típico crshhhhrrssshhhh...
As cassetes. Tantas horas passei eu a gravar centenas de cassetes, piratadas dos LP's e depois dos CD's. Fazer as contas ao tempo, 60 ou 90, para ficar a menor folga possível no fim de cada lado e não interromper nenhuma música. Pensar naquelas canções que têm menos de dois minutos para encaixar no espaço vago. Olhar para a fita, enrolada na bobine da esquerda, e calcular a olho qual é a música que ali cabe. A liberdade de fazer o nosso próprio "best of". Ser obrigado a ouvir a música toda, porque não há botão de "skip", a curiosidade de saber o que vem a seguir, porque já não pegamos naquela cassete ao tempo... Lembrarmo-nos que queremos ouvir "aquela" música e dominarmos o "rew" e o "ff" à velocidade da luz, parar mesmo naquele sítio e depoís... play.
O CD. Sentar-me em frente à minha colecção, de perninhas à chinês, olhar para ela com orgulho e vaidade, escolher um CD, pôr no leitor, olhar para a capa e nela descobrir um pormenor novo de cada vez, pegar no livrinho e folhear, ler com atenção a parte dos agradecimentos à procura de algum nome conhecido, descobrir que os produtores são muitas vezes os mesmos, sentar-me no sofá com a caixa do CD na mão, e ouvir, ligar a música a sítios, pessoas, fases da vida...
Agora, "sacar" uma música e clicar... Chamem-me velho, romântico, anacrónico, o que quiserem, mas a música é muito mais do que um mero ficheiro...

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Aquelas mesmo especiais...

Sim, admito que hoje estou numa autência verve bloguística. E vou aproveitá-la para falar de um dos temas que tinha que ter, mais tarde ou mais cedo, obrigatória presença neste espaço. Dada a sua especificidade, importância e dificuldade, vou fazê-lo em tranches.
Todos nós temos músicas que são mesmo, mesmo, especiais.
Aquelas que não nos cansamos de ouvir, que nos fazem sentir levezinhos por dentro e nos deixam um indisfarçável sorriso de satisfação por nos termos lembrado de pegar no disco. Aquelas que só podemos ouvir de olhos fechados e rodeados do mais profundo silêncio.
Aquelas que nos fazem sentir os pés levantar do chão, não a dançar mas a levitar.
Cá vão algumas das minhas, sem que a lista represente qualquer ordem de preferência:

- Foreigner - I want to know what love is
- Led Zeppelin - Stairway to Heaven
- A-Ha - Stay on these roads
- Metallica - Nothing else matters
- John Lennon - Imagine
- Elvis Costello - She
- Pink Floyd - Shine on you crazy diamond
- U2 - Bad
- Supertramp - Breakfast in America
- The Righteous Brothers - Unchained Melody
- (continua...)

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

A essência da palavra...

Poucas são as pessoas que sabem proferir as palavras certas nos momentos certos, à(s) pessoa(s) certa(s)! A palavra sempre teve um peso enorme na sociedade ou não fossemos todos nós comunicadores. É certo que nem todos sabem comunicar da melhor forma, mas isso é outra estória! Desejo uma "boa viagem" a todos aqueles que irão iniciar a visita pelo meu blog.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Festas de Garagem...



Festas de garagem... sinónimo de saudade! As luzes meio escuras improvisadas com uns projectores, a aparelhagem enorme, os discos, o grupo de adolescentes a dançar naquele espaço pequeno. Alguns pares namoram num local mais discreto, outros... conversam. A maioria dança. Os amigos e as conversas, olhos-nos-olhos...
Ao reparar nos meus velhinhos discos em vinil, transportei-me mentalmente até às festas de garagem dos anos ‘80’, feitas com autorização dos pais e que duravam a tarde toda de sábado prolongando-se por vezes até à noite. Ou seja, normalmente, até à hora de jantar!!! E como eram boas... pelo menos as que me lembro. Normalmente, se nos portávamos mal (chegar depois da hora a casa), levávamos um belo raspanete e talvez um ou dois fins-de-semana de castigo. Dançava-se e descontraía-se, descobriam-se novos ritmos, novos amigos, roubavam-se os “primeiros beijos” (normalmente na parte dos slows), partilhávamos tudo sem receios, e se alguém começava a abusar, normalmente um amigo conseguia acalmar a situação, em vez de incentivar e/ou filmar para colocar no Youtube!


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Música...

"Música : lembranças de tantas alegrias através da vida, amores e aventuras que se foram como uma nuvem de fumo, mas que serão contemplados num lugar especial chamado Eternidade, onde nunca se envelhece e nem se morre"