terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Never mind... Sex Pistols



Banda conhecida por apresentar letras anarquistas e posições revolucionárias. Do grupo, que surgiu em Londres no Verão de 1975, fazem parte Jonhny Rotten, o guitarrista Steve Jones, o baterista Paul Cook e o baixista Glen Matlock.
Os temas mais marcantes deste grupo punk são “Anarchy in the UK”e “God Save the Queen”.
O carácter singular da banda reside no facto de ter uma vertente revolucionária relativamente ao contexto (político, económico, social e, sobretudo, musical). De facto, no espaço de ano e meio, com dois singles e um álbum, iniciaram a revolução punk e transformaram para sempre a face do Rock n' Roll.

O inicio da revolução punk
Tudo começou numa boutique que se chamava SEX, propriedade da estilista Vivianne Westwood e do seu companheiro Malcolm Mclaren.
Em meados dos anos 70, havia um grupo de jovens que escapava ao estilo musical da altura.
Já se encontravam saturados do modelo de vida daquela época: não queriam a vida pré-programada dos pais, não acreditavam na utopia “peace & love”, nem nos cabelos compridos… Para estes jovens irreverentes e desviantes, a loja SEX funcionava como ponto de encontro. Ali, na jukebox passavam os New York Dolls ou Alice Cooper. Naquele recinto preconizava-se uma nova estética caracterizada por t-shirts rasgadas, correntes de cabedal e cabedal coçado. Paul Cook, Steve Jones e Glen Mastlock formavam os Swankers, funcionando como protótipo destes jovens revolucionários.


Anarquia lucrativa
Malcolm Maclaren era um empresário que fundou antes dos Sex Pistols uma outra banda:”New York Dolls”. No entanto, a experiência não foi bem sucedida. O sucesso só viria a ter com os Sex Pistols. Começou a agenciar a banda em 1975 ainda como Swankers. Mesmo assim, não era um grupo consistente, sendo mais projecto que banda. Faltava algo, ou melhor alguém …, visto por Vivianne Westwood. Esta recomendou á banda que investigasse um novo cliente que começara a aparecer na loja. Era Jonhnny Rotten, ainda actual vocalista da banda. O seu aspecto (transgressor) _Steve Jones recorda uma camisola do vocalista:”I hate Pink Floyd“_e as habilidades vocais, demonstradas na interpretação da música “I´m 18”(a rodar na jukebox) de Alice Cooper , permitiram-lhe ingressar na banda.
O carácter transgressor da banda consagrou-se no programa televisivo Today, quando praguejaram com o apresentador Bill Grundy. A situação desencadeou-se quando o apresentador “flirtou” com Siouxsie que acompanhara a banda. Steve Jones não gostou da atitude e chamou-lhe “velho depravado”.
Após os incentivos de Grundy , Jones prosseguiu com os insultos e no dia seguinte surgiram manchetes nos jornais sobre tal atitude da banda.

O punk tornara-se o inimigo público número 1 na Inglaterra. O comportamento transgressor da banda era perseguido não só pela imprensa musical, mas também pela imprensa escrita.
Perante tal contexto desfavorável, os concertos são agendados e cancelados logo de seguida.
Glen Matlock farta-se, segundo a sua versão, e sai da banda.
Em 1977, com Sid Vicious no lugar de Gen Matlock, a banda lança a segunda “bomba”:”god save the queen”, onde se evidencia um ataque contra todas as hierarquias sociais, centrado na rainha, símbolo de grande poder (estamos aqui perante uma grande afronta política, económica e social, levada a cabo através de uma música desconcertante mas reivindicativa). Apesar de censurada pela rádio e pela televisão, chegou ao topo das tabelas de vendas .
Em Outubro de 1977 é lançado o único álbum da banda:”Never mind the bollocks”.
O carácter caótico da banda ditaria brevemente o seu fim. Os concertos violentos, a toxicodependencia de Sid Vicious levaram Jonhny Rotten a sair. Em São Francisco, depois de cantar “No Fun”, dos Stooges, lançou uma questão ao público: “alguma vez tiveram a sensação de estar a ser enganados”, e abandonou o palco.
Sid Vicious mudou-se para Nova Iorque com a namorada Nancy e tentou uma carreira a solo , com o album sid sings . Mas, os execessos das drogas conduziriam-no a morte por overdose. Morreu enquanto aguardava julgamento pela morte da namorada.

De ameaça pública a mito
De facto, a polémica à volta de Jonhy Rotten permanece ainda na actualidade. Um dos casos mais flagrantes foi no verão de 2008. De acordo com o diário iol música, “O músico dos Bloc Party aproximou-se do membro dos Sex Pistols para lhe perguntar se ele estava a planear uma reunião com a banda Public Image Ltd., formada por Johnny Rotten depois de se separar dos Sex Pistols no final dos anos setenta.
Segundo as declarações de Okereke, Johnny Rotten atacou-o com um comentário «racista», afirmando que ele tinha «atitudes de negro». Depois daquele comentário, John Lydon atacou o vocalista dos Bloc Party provocando-lhe várias feridas na cara. Membros das bandas Kaiser Chiefs e Foals foram inclusivamente obrigados a intervir para evitar que o incidente ganhasse proporções maiores”.
Outra polémica também recente deu-se com Duffy, a cantora do êxito “Mercy”.
De acordo com um artigo da revista musical Blitz, “Jonh lydon, o irascível líder dos Sex Pistols, pô-la a chorar”. Tudo porque na cerimónia de entrega dos prémios Mojo, Duffy tentou abraçar lydon para uma fotografia.”O líder dos sex Pistols, que mais tarde disse não ter percebido quem era, terá empurrado a cantora com “sai daqui sua cabra. Nunca me toques”.

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