Os The Doors foram uma das mais controversas e influentes bandas da cena musical dos anos 60, deixando um legado que inspirou muitas bandas e projectos musicais.
O nome do grupo surgiu a partir do título de um livro de Aldous Huxley, The Doors of Perception. Com Jim Morrison (n. 1943 – m. 1971) na voz, Ray Manzarek (n. 1939) nas teclas, Robbie Krieger (n. 1946) na guitarra e John Densmore (n. 1944) na bateria, os The Doors formaram um dos mais populares grupos da história da música, cuja sonoridade era dominada pelo órgão eléctrico de Manzarek e pela voz grave e sonora de Morrison, com a qual cantava os seus audazes textos poéticos.
Em palco, os The Doors ofereciam momentos de grande intensidade, dominados pela performance excessiva de Jim Morrison, que lhe custou problemas com a polícia.O carácter transgressor dominava esta “personagem”.
A discografia
O álbum de estreia, The Doors (1967), incluiu um dos seus mais aclamados clássicos: “Light My Fire”.
Seguiram-se Strange Days (1967), Waiting For The Sun (1968), The Soft Parade (1969), Morrison Hotel (1970), Absolutely Live (1970) e L.A. Woman (1971). Este último trabalho apresentou temas como “Hyacinth House”, “Riders On The Storm” e o tema-título.
Temas marcantes
Ficaram para a história temas intemporais tais como “The End”, “Not To Touch The Earth”, “Can’t See Your Face In My Mind”, “Love Me Two Times”, “People Are Strange”, “Hello, I Love You”, “Touch Me”, “Roadhouse Blues” e “Break On Through”, entre outros.
Após a morte de Jim Morrison, em 1971, o grupo gravou ainda dois álbuns, Other Voices (1971) e Full Circle (1972), mas sem qualquer sucesso. Em 1973, cessaram a actividade como grupo, mas o seu legado musical não parou de cativar novos admiradores.
Em 1979, Francis Ford Coppola escolheu “The End” para tema principal do filme Apocalypse Now.
Documentação biográfica sobre a banda
Em 1980, a edição de The Doors – Greatest Hits atingiu os dois milhões de discos vendidos e a biografia do grupo No One Here Gets Out Alive (1980), escrita por Danny Sugraman, foi um sucesso de vendas.
Em 1991, Oliver Stone retratou o percurso do grupo no filme homónimo, no qual o actor Val Kilmer interpretou o papel de Morrison.
Os The Doors foram uma das mais controversas e influentes bandas da cena musical dos anos 60, deixando um legado que inspirou muitas bandas e projectos musicais.
A figura de Jim Morrison
Músico norte-americano, vocalista do grupo rock The Doors, é uma das figuras mais carismáticas e mitificadas da história da música. De nome completo James Douglas Morrison, nasceu a 8 de Dezembro de 1943 em Melbourne, Florida. Estudou na Universidade de Los Angeles em 1964 e aí colheu a influência da poesia de William. Blake e Arthur Rimbaud e da filosofia de Friedrich Nietzsche.
Em 1965, juntou-se a Ray Manzarek (n. 1939, teclas), Robbie Krieger (n. 1946, guitarra) e John Densmore (n. 1944, bateria) para formar os The Doors. Os textos de Jim Morrison são dominados pela violência, pelo sexo, pelo álcool, pelas drogas e pela autodestruição, num constante desafio ao conservadorismo norte-americano que ele tentava levar à justa no seu modo de vida. Destruição de material do grupo, detenções por incitamento à violência e por atentado ao pudor em palco resultaram do excesso por que sempre pautou a sua vida.
Morreu aos 27 anos, a 3 de Julho de 1971, no seu apartamento de Paris. O seu corpo encontra-se sepultado no cemitério Père Lachaise, e a sua campa foi transformada em local de culto e de peregrinação pelos seus inúmeros fãs de todo o mundo.
O actor Val Kilmer interpretou a figura de Jim Morrison no filme “The Doors” (1991) de Oliver Stone.
O mito da morte de Jim Morrison
O mito em torno do falecimento de Morrison ajudou a elevar os Doors a um estatuto especial no mundo do rock.
Compilações de destaque
A compilação Legacy: The Absolute Best (2003) reuniu os grandes êxitos do grupo, destacando-se do alinhamento os temas mais clássicos como “Break On Through (To The Other Side)”, “Love Me Two Times”, “People Are Strange”, “Five To One”, “Roadhouse Blues”, “L.A. Woman” e “Riders On The Storm”.
Contigo torno-me real
Livro português sobre Doors ganha menção honrosa no Festival do Livro de Londres
Rui Pedro Silva é jornalista e autor do livro ”Contigo torno-me real “ . O anúncio dos vencedores foi feito no passado dia 10, mas a entrega dos prémios ocorreu no dia 17 de Dezembro em Londres. A obra recebeu uma menção honrosa na área de não-ficção.
Rui Pedro Silva, 32 anos, considerou esta menção honrosa uma “agradável surpresa”, até porque o livro foi apresentado a concurso em edição portuguesa.
“Contigo torno-me real” foi editado em Portugal em 2003 pela editora Afrontamento como uma obra sobre o culto a Jim Morrison, vocalista do grupo norte-americano Doors, falecido em 1971 aos 27 anos.
A obra ultrapassa as 500 páginas. “Deste ponto de vista acho que o livro é único no mundo, porque reúne depoimentos inéditos”, sublinhou Rui Pedro Silva. Entre eles contam-se, por exemplo, os de Bill Siddons, agente dos Doors entre 1968 e 1972, e de Jac Holzman, fundador da Elektra Records, que lançou o grupo, e que assina o prefácio do livro. Há ainda participações de importância dos Doors na sua formação musical, como Zé Pedro, Pedro Abrunhosa, Jorge Palma, Rui Reininho, Tiago Bettencourt e a fadista Mariza.
O autor, com formação em jornalismo e eleito em 2003 o maior fã português dos Doors, dedicou seis anos de trabalho ao grupo norte-americano, focando as diferentes facetas da banda e reunindo vários testemunhos.
Apesar de ser admirador dos Doors – “já faz parte do meu ADN” -, Rui Pedro Silva disse que este livro não foi feito na perspectiva de um fã, mas com um sentido factual, “com um forte sentido de jornalismo de investigação”.
“Os Doors foram uma banda muito completa. Não era só a música, havia também o cinema, a forte influência literária, de Rimbaud, de William Blake, da Beat Generation, e pouca gente sabe disso. A morte prematura de Jim Morrison fez com que se falasse apenas dos excessos dele”, disse.
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