O dia 12 de Agosto de 2014 marca os 23 anos do lançamento de um grande disco da história do Rock: O "Black Álbum", dos Metallica. O “Black Álbum” foi o quinto disco da banda e mostrou um estilo de música mais lento e comercial que os trabalhos anteriores. Por isso, alguns fãs dos Metallica fizeram críticas e alegaram que era uma "banda vendida". As sessões de gravação tiveram um processo longo e difícil, durando mais de um ano devido a conflitos entre os integrantes. Apesar das discussões, o álbum tornou-se o mais bem sucedido dos Metallica, atingindo o topo da Billboard. Também teve bastante sucesso com a crítica especializada, tendo ganho também um Grammy.
As letras de "Black Album", escritas pelo vocalista James Hetfield, são muito mais pessoais e introspectivas. Um dos maiores sucessos do grupo é "Nothing Else Matters" ("Nada Mais Importa"). Expressa a ligação de Hetfield com uma namorada enquanto ele estava na estrada. Em "The God That Failed", fala da morte da mãe, vítima de cancro. Ela acreditava que apenas a sua fé a curaria, recusando ajuda médica.A música fala sobre promessas quebradas.
Este álbum acabava também com a tradição dos Metallica em ter uma faixa instrumental e de longa duração. Um disco imperdível!!
O Rock n’ Roll celebra neste dia 10 de Agosto, o aniversário de um dos seus grandes nomes: Ian Anderson, cantor, compositor, guitarrista e flautista britânico, o líder da banda Jethro Tull. Completa 67 anos.
Ian Scott Anderson nasceu na cidade de Dunfermline, na Escócia. Como flautista, Ian Anderson é autodidacta.Em 1963, formou os The Blades com os seus amigos de escola. Este era um grupo de soul e blues, com Anderson nos vocais e harmónica. Em 1967, Ian Anderson mudou-se para a cidade de Blackpool e formou os Jethro Tull, banda de rock progressivo, que misturou hard rock, folk, toques de blues, jazz e letras profundas. Depois disso, Ian abandonou a sua pretensão de tocar guitarra eléctrica, supostamente por sentir que nunca seria "tão bom como Eric Clapton". Trocou a sua guitarra por uma flauta, mas continuou a tocar viola, utilizando-o como instrumento melódico. Com o decorrer de sua carreira, Anderson foi adicionando saxofone, bandolim, teclado e outros instrumentos ao seu arsenal. Além do aniversário de Ian Anderson, 2014 marca os 43 anos de lançamento do histórico disco "Aqualung", em 19 de março de 1971.
Uma curiosidade: Jethro Tull foi um agricultor inglês pioneiro, do século 18, considerado um dos criadores da agricultura científica. Viveu no período da Revolução Industrial e criou o semeador mecânico em 1701.
“Chega o momento na vida de um jovem em que ele deve colocar um belo e confortável smoking, brilhantes meias brancas e seguir o seu próprio caminho. Para Michael Jackson, esse momento foi há 35 anos atrás, a 10 de Agosto de 1979. Foi quando, semanas antes do seu 21º aniversário, Jackson lançou Off the Wall, o álbum que o alçou ao status de superstar adulto e pavimentou a estrada para a sua coroação como o Rei da Pop.”
Em cinco linhas (ou um parágrafo), Kenneth Partridge sintetizou o primeiro disco a solo de Michael Jackson. No brilhante e divertido texto publicado no site da Billboard, analisa faixa a faixa o álbum divisor de águas da carreira do moonwalker. O disco da maturidade de um artista.
Hoje, 35 anos depois, Off the Wall é apontado por muitos como o melhor de Michael Jackson. De facto, está lá tudo: o funk, a pop, o rock, a disco, a soul. E, principalmente, o todo do artista. Ele está lá por inteiro, exposto, essencial, transparente e cristalino. Brilha como as suas meias brancas. Fascina como o movimento improvável da sua dança. Encanta como a beleza da sua voz. O primeiro álbum pós-Motown/Jackson 5-The Jacksons teve o toque de Midas do génio Quincy Jones. O trabalho como produtor musical do filme “The Wiz” aproximou-o de Michael, que interpretou o Espantalho e foi o único a salvar-se do mar de críticas ao longa duração. Jones viu naquele jovem talentoso uma vontade de libertação, de autonomia, de liberdade. Uma saída para fora do muro. Aceitou comandar o primeiro passo maduro da carreira de Michael. Foi, e ainda é, sucesso absoluto. Mais de 20 milhões de cópias vendidas, prémios e mais prémios, resenhas positivas e exultantes, enfim, êxito completo. As duas músicas iniciais, “Don’t Stop ‘Til You Get Enough” e “Rock with You”, continuam a embalar festinhas por esse mundo fora com muita competência. “Burn This Disco Out”, que fecha o disco, é outra bomba para levantar qualquer pista. A exemplo de “Rock with You” e de “Off the Wall”, é obra-prima de Rod Temperton, letrista britânico que escreveria nada mais nada menos que “Thriller”. Só isso!
As baladas “Girlfriend” (de Paul McCartney!) e “She’s Out of My Life” revelam o lado triste e bonito de Michael. Baladas que expõem um pouco dos fantasmas tão presentes em toda a sua vida, “companhias” fiéis a partir de um certo momento. Infeliz e tristemente. Continuando, temos ainda “Working Day and Night”, uma disco acelerada que mete toda a gente a dançar, e “Get on the Floor”, auto-explicativa! Ah, para fechar tem também uma música de Stevie Wonder, “I Can’t Help It”.
Tudo está lá, realmente. Que álbum! Off the Wall é o melhor e o mais essencial de Michael Jackson.
Ele lançaria o seu mais bem sucedido trabalho três anos depois. Thriller coroaria definitivamente Michael como o Rei da Pop.
Hoje, dia 05 de agosto, completam-se 48 anos do lançamento de um dos maiores discos da história da música: o álbum "Revolver", dosBeatles. Uma verdadeira obra prima! Lançado no ano de 1966, é um dos meus discos favoritos dos Beatles, pois o som da banda começou a ficar mais encorpado, saindo das maravilhosas canções do estilo “ie-ie-ie” da juventude, e ficando mais maduro. "Revolver" é o sétimo álbum do quarteto de Liverpool e atingiu o primeiro lugar nas tabelas do Reino Unido e dos Estados Unidos. O disco marca a adesão oficial dos Beatles ao Psicadelismo. Para esta data especial, vou trinchar este álbum fantástico. Todas as músicas são óptimas! Três delas, têm a assinatura de George Harrison e as outras, da dupla Paul McCartney e John Lennon. Começando por “Taxman”. Letra de George Harrison. A canção é uma grande crítica ao capitalismo exagerado. A letra mostra uma reclamação às pesadas taxas de impostos pagos pelos cidadãos britânicos.
A segunda música é um dos maiores clássicos dos Beatles, “Eleanor Rigby”. Fala sobre a solidão das pessoas mais velhas e que ninguém lhes dá atenção. A música começa assim: “Ah, look at all the lonely people”.
A próxima música é “I’m Only Sleeping”... Teria sido composta para descrever um estado de "viagem" por drogas. Além disso, a música dizia para não "me acordar", já que a pessoa estaria em estado de euforia.
“Love You To” é a quarta faixa do álbum. Mais uma letra de George Harrison e tem os sons de cítaras, incorporando um estilo bem indiano.
A quinta música é fantástica: “Here, There and Everywhere”, escrita por Paul McCartney. E o próprio Paul afirmou que a canção é uma das suas preferidas da banda, a mesma opinião do produtor dos Beatles, George Martin.
Outro hino dos Beatles: "Yellow Submarine"… Nesta viagem, a banda convida as pessoas a embarcarem no submarino amarelo da fantasia, num mundo perfeito, encontrando uma solução para tudo. A música “She Said She Said”, teria sido escrita durante o uso de drogas… John Lennon, supostamente, inspirou-se na sua experiência com LSD. Há um trecho que diz "I know what it's like to be dead" ("Eu sei como é estar morto").
Em “Good Day Sunshine”, os Beatles dão um bom dia à luz do sol, à luz da vida! “And Your Bird Can Sing” é outra canção que eu gosto muito. O solo de guitarra é demais.
A décima faixa do disco é “For No One”... Paul McCartney escreveu-a para a sua namorada na altura (Jane Asher).
Na seqüência, vem a música “Doctor Robert" ... mais uma supostamente escrita sobre a influência de drogas. Fala sobre um médico que receitava anfetaminas aos seus pacientes famosos.
A faixa 12 tem "I Want To Tell You", é a terceira música deste álbum composta por George Harrison. Fala sobre a sua dificuldade em se expressar num momento em que ele vivia uma avalanche de pensamentos A penúltima música é uma das minhas favoritas de toda a obra dos Beatles. “Got to Get You Into My Life”. Anos depois, o Paul McCartney reconheceria que a canção falava da sua experiência com a canabis e foi feita inspirada na soul music americana.
Para encerrar, a viagem de "Tomorrow Never Knows". Aliás, uma das primeiras do estilo psicadélico que faria sucesso nos anos seguintes com outras bandas. John Lennon disse que a sua fonte de inspiração foi a leitura do “Livro Tibetano dos Mortos”. Na época ele teria usado LSD. São catorze músicas em 35 minutos neste disco de pura arte, produzidas há 48 anos, sem os recursos técnicos existentes actualmente... Mas nada actual se aproxima do som produzido pelos Beatles neste genial “Revolver”. Um álbum para quem realmente ama a boa música!!
O mês de Agosto de 2014 marca os 43 anos de um disco inesquecível na história do Rock n’ Roll: “Who’s Next”, dos The Who. O álbum foi lançado no dia 02 de agosto de 1971 e é considerado um dos melhores da banda. O líder do grupo, Pete Townshend, considera-o o melhor. O canal de TV VH1 classificou "Who’s Next" como o 13° “Melhor Álbum de Todos os Tempos”. E a revista Rolling Stone colocou-o em 28° na lista dos "500 Melhores Álbuns de Todos os Tempos".
Os The Who nunca tinham alcançado o primeiro lugar nas tabelas com um disco. Mas "Who's Next" foi o primeiro, e curiosamente, foi fruto de uma crise: surgiu após o fracasso do projecto "Lifehouse", uma ópera rock que Pete Townshend pretendia organizar. Mas o projeto tornou-se inviável e isso provocou um enorme desentendimento entre Pete e o produtor dos The Who, Kit Lambert, levando o guitarrista à beira de um colapso nervoso, quase suicida. Assim, os The Who regressaram a estúdio com o produtor Glyn Johns em Inglaterra e começaram tudo do zero. Algumas músicas demo de Pete Townshend para Lifehouse também foram evoluídas e lançadas, transformando-se em grandes sucessos do rock. O álbum “Who’s Next” começa com a clássica “Baba O'Riley”, que é a junção dos nomes do guru de Townshend, Meher Baba, e do compositor Terry Riley, que mistura sintetizador e guitarra. Grande música!
O álbum surgiu numa época em que grandes avanços foram feitos em termos de engenharia de som, e pouco antes da introdução de sintetizadores musicais. O resultado foi um som espantoso para a época, e praticamente inédito no rock.
A capa do disco traz uma fotografia da banda, acabando de urinar num imenso bloco de cimento; a foto seria uma referência ao monólito descoberto na Lua, no filme "2001: Uma Odisséia no Espaço", lançado em 1968, pelo director Stanley Kubrick.
A atitude, assim como o título do disco, seriam uma recusa simbólica da banda de passar o resto da sua carreira a tocar "Tommy", o quarto álbum de estúdio dos The Who, de 1969. Não deixem de ouvir as músicas de "Who's Next"... Uma obra fantástica... Pura viagem do rock n' roll !!!!