quinta-feira, 23 de abril de 2015

HUMAN LEAGUE


Naturais de Sheffield, formaram-se em 1977 e desde cedo seguiram uma linha electrónica experimentalista, tendo editado os álbuns Reproduction em 1979 e Travelogue em 1980, ambos com passagem discreta no Top Britânico. O single Empire State Human do 1º álbum é hoje a música mais representativa deste período, pese o modestíssimo 62º lugar.
Mas em 1981 tudo muda com a álbum Dare!. Considerado ainda hoje como um dos mais importantes e representativos álbuns de Synth Pop, quebrou em parte com o experimentalismo dos primeiros tempos imprimido pelo vocalista Phil Oakey, ao dar à música electrónica visibilidade mainstream. Os ritmos frios da electrónica analógica eram agora aquecidos com melodias e, também, com as vozes dos novos elementos Susanne Sulley e Joanne Catherall. Dare! é daqueles álbuns que transformam bandas praticamente desconhecidas em bandas de referência e, sem ele, os The Human League não seriam o que são hoje.
O single Don´t You Want Me chega ao 1º lugar das tabelas de vendas britânica e norte-americana tornando-se num mega-sucesso, a mesma posição alcançada por Dare! (Top Britânico) e temas como The Sound of the Crowd, Love Action e Open Your Heart tornam-se também grandes êxitos. Mas a pérola esquecida de Dare! aparece logo no início do álbum é dá pelo nome The Things That Dreams Are Made Of.
No ano seguinte é editado Love and Dancing, um álbum com versões instrumentais baseado nas músicas de Dare!, remisturadas e produzidas por Martin Rushent.
O sucesso de Dare! dava para tudo até para recuperar com sucesso um tema quase esquecido do 2º álbum Travelogue, Being Boiled. Em 83 é lançado o EP Fascination! com os singles Mirror Man e (Keep Feeling) Fascination, ambos a chegarem a nº 2 do Top Britânico.
Com Dare! a assumir-se, quase, como o disco de estreia, o álbum seguinte não teria vida fácil. O sempre difícil 2º álbum, neste caso, 4º de originais Hysteria de 84, desapontou bastante. As coisas não correram bem desde o início: dois produtores abandonaram o barco e temas como o rockeiro The Lebanon, Life on Your Own e Louise tornaram-se êxitos menores.
À margem dos The Human League, Phil Oakey parte parte para um novo projecto em parceria com o produtor Giorgio Moroder. Do álbum Philip Oakey & Giorgio Moroder de 85, há a destacar o famosíssimo Together in Electric Dreams, tema da banda sonora do filme Electric Drems, frequentemente tocado pelo grupo em concertos.
Em 1986 são recrutados os produtores R&B Jimmy Jam e Terry Lewis para o novo álbum Crash. Com uma sonoridade em sintonia com os novos ritmos de dança, Crash não se sai mal nos Estados Unidos, onde o singles Humam chega ao 1º lugar. Em Inglaterra o sucesso de Human é ligeiramente menor (8º lugar), mas os singles I Need Yout Loving e Love Is All That Matters ficam-se por posições bastante modestas.
Em 1990 os The Human League atravessam um período bastante incaracterístico, à semelhança de muitas bandas da sua geração que parecem não saber que rumo seguirem, fruto da mudança dos tempos. Em situação idêntica encontravam-se os Duran Duran.
Romantic?, considerado a par de Secrets como os álbuns mais podres da banda falha o Top 20 e o single Heart Like a Wheel não consegue melhor do que um 29º lugar. Pessoalmente gosto bastante da música Soundtrack to a Generation.
Teríamos de esperar quase cinco anos por novo disco até que é lançado Octopus. Com uns The Human League a recuperarem a sonoridade Synth Pop que lhes deu crédito, Octopus é o melhor álbum depois de Dare!. A banda recupera algum do fôlego perdido, obtendo resultados bastante satisfatórios. Quer o álbum quer o single de apresentação Tell Me When chegam ao 6º lugar. These Are the Days é uma boa música, mas é na terceira faixa que se encontra a pérola do álbum One Man in My Heart. Filling Up with Heaven fica-se por um modesto 36º lugar.
Por último temos Secrets, já no novo milénio. Depois de Octopus esperava-se mais mas, o mais recente trabalho da banda não teve argumentos para se impor tornando-se no álbum com pior desempenho de sempre nas tabelas de vendas. Um ligeiríssimo destaque para o single All I Ever Wanted e pouco mais. A ver vamos o que nos reserva o próximo álbum. Os The Human League podem dar-se ao luxo de viver do repertório passado e matéria-prima para concertos não falta, mas todos gostaríamos de os ver regressar aos discos com o espírito dos bons velhos tempos. Deixo-vos com o video de Open Your Heart.

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