Em 1998, a cidadã Madonna Louise Veronica Ciccone completava 40 anos. O seu percurso já era sobejamente conhecido, alicerçado numa pop de fortes torrentes rítmicas de que "Like A Virgin", "Into The Groove", "Papa Don´t Preach" e a excelente balada "Crazy For You" constituíam os melhores exemplos. Depois de "Erotica", de 1992, a sua carreira apresentava sinais de desgaste preocupantes.
Numa jogada de mestre, Madonna recruta os serviços do produtor William Orbit, estamos em 1997. O resultado desta colaboração viu a luz do dia em Março de 1998 com o nome de "Ray Of Light". Não! Não era mais um disco da diva da pop, era um dos "seus grandes discos". E provavelmente o primeiro de uma série de trabalhos de actualização sonora e de redescobrimento artístico. O que me impressionou mais em "Ray Of Light" foi a combinação de letras espirituais com batidas techno e trip-hop, sem perder de vista a melodia. Eu nunca fui adepto de música electrónica, mas era impossível ficar indiferente ao punch de "Nothing Really Matters", ao meditativo "Substitute For Love" e, principalmente, à deliciosa amalgama sónica da faixa que dá o título ao álbum.
Numa altura em que "Hard Candy" se aproxima rapidamente dos pontos de venda, lançamento a 28 de Abril. A revista Rolling Stone descreve o novo trabalho como "Inspirado". Sim, "Ray Of Light" é o disco da maturidade. Mas, importa perceber que o epicentro da Madonna atenta às novas realidades começou efectivamente em 1998.
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